quinta-feira, 30 de maio de 2019

Hedvig Lindahl: "Marta é definitivamente uma das melhores"


No aquecimento para a Copa do Mundo Feminina que começa em Junho na França, o blog Futebol Sueco teve o prazer de entrevistar a goleira titular da seleção sueca Hedvig Lindahl. Com uma carreira de sucesso na seleção e recentemente jogando pelo Chelsea, falamos sobre sua carreira, seu papel na seleção, seu futuro e sua ligação especial com o Brasil.

Futebol Sueco: Em que ponto da sua carreira você acha que chegará à próxima Copa do Mundo e como imagina que serão seus próximos passos na sua carreira?

Hedvig Lindahl: Eu entendo que estou nos estágios finais da minha carreira como jogadora. Eu tenho a sorte de poder jogar no mais alto nível desde 2001 e estou querendo fazer isso por mais alguns anos.

FS: As camisas da Suécia apresentadas pela Adidas neste torneio apresentam o nome de mulheres muito importantes que fizeram história a história do futebol sueco. É uma honra e talvez mais uma pressão usar essa camisa? Você percebe que também está lá com essa história?

HL: É sempre uma honra representar a Suécia e poder ajudar a colocar um pouco de foco em todos esses grandes modelos que fizeram coisas diferentes em suas vidas, tornando-a ainda melhor. Ter o meu próprio rosto na camisa aumenta a emoção e esse gesto foi um grande sucesso e uma verdadeira celebração do quão longe o futebol feminino chegou na Suécia. Não só isso, já que tínhamos modelos nas camisas que não tinham história dentro do futebol, fomos capazes de promover nosso esporte e seus nomes em diferentes públicos e plataformas.

FS: Falando sobre legado, você teve um papel especial em um grande momento da história do futebol sueco ao defender dois pênaltis na semifinal dos Jogos Olímpicos contra o Brasil na frente de 70000 torcedores brasileiros no Maracanã. Como foi esse momento para você?

HL: Todo o torneio foi uma experiência excepcional, o melhor torneio da minha carreira. Jogar no Maracanã diante de todos esses espectadores foi algo especial e antes disso, jogando em Brasília contra as campeãs do mundo, os EUA nas quartas-de-final construíram esse sentimento. Devo dizer que o Brasil sempre terá um lugar especial no meu coração.

FS: Muitos especialistas esperam que o desenvolvimento do futebol feminino cresça em particular na sua posição de goleira. Sendo uma dos melhores do mundo, como você vê o nível de suass colegas e também as mudanças no jogo entre as mulheres ao longo de sua carreira?

HL: O nível continua aumentando a cada temporada. O nível de habilidade e conhecimento é maior em todas as posições , portanto, a competição por essas posições também está aumentando. Como temos um melhor treinamento nas configurações mais profissionais de clube hoje em dia, você verá que a posição do goleiro realmente aumentou sua velocidade. A goleira é (por alguma razão estranha) raramente priorizada, então o coaching para a nossa posição também não foi. Isso mudou e ainda está mudando e vemos o resultado disso em campo.

FS: Você é uma pessoa muito ativa nas mídias sociais e dá voz não apenas para muitas garotas, mas também para pessoas de diferentes causas. Como você vê o fato de você ser um modelo para tantas pessoas na sociedade sueca?

HL: Eu sempre tentei ser honesta e humilde. Eu tenho consciência do meu papel como um modelo em potencial e sempre me conduzi de uma maneira que eu acho que é adequada para isso. Eu sou humilde pelo fato de eu ser um exemplo para alguns, porque eu sei o quão importante um modelo pode ser.

FS: Conversando com um público brasileiro, sempre perguntamos aos jogadores como eles vêem o Brasil e seu futebol, mas sendo uma goleira que teve a chance de jogar contra o Brasil algumas vezes e teve a tarefa de parar Marta, você pode descrever como foi essa experiência e se ela é a melhor jogadora que você já teve que jogar contra?

HL: Marta é definitivamente uma das melhores, no auge de sua carreira, foi tão difícil fazê-la desacelerar. Jogamos uma contra a outra na Damallsvenskan muitos anos atrás e eu defendi um penalti dela em uma partida. Isso foi muito importante na época. Sempre foi divertido jogar contra a Marta e também contra a seleção brasileira. Lembro-me do jogo na fase de grupos em que perdemos por 5 a 1 nas Olimpíadas, então, se você não conseguir as táticas contra eles, estará em apuros.

Flávio Fernandes

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Max Svensson: "Jogar o derby contra o Malmö pela primeira será uma ocasião especial"


Na mais nova entrevista do blog Futebol Sueco, conversamos com o jovem jogador Max Svensson. Batemos um papo sobre sua carreira promissora, seus números já impressionantes no Helsingborgs IF e seus sonhos para o futuro.

Futebol Sueco: Você esteve no HIF a maior parte da sua vida e agora você está jogando no primeiro time e na Allsvenskan como titular com regularidade. O caminho para esse momento já te surpreendeu ou é como você imaginou?

Max Svensson: Não, não me surpreende, eu assisti a liga por um longo tempo e sei que existem muitos bons jogadores.

FS: Apesar de ser tão jovem você já tem mais de 100 partidas com a camisa do Helsingborgs IF. Você se vê no seleto clube dos jogadores com mais de 500 partidas pelo clube um dia?

MS: Isso é impossível de responder, 500 partidas é um número muito alto, mas eu amo o clube e a cidade também, então vamos ver.

FS: A única outra equipe pela qual você jogou foi pela seleção sueca de base. Como foi a experiência de jogar pelo seu país?

MS: Claro que é fantástico. É algo que você tem sonhado desde que era criança e é sempre um prazer jogar pela seleção.

FS: Hoje em dia a maioria dos jogadores tem sonhos de jogar em uma das principais ligas europeias. Esse é um dos seus objetivos na sua carreira? Você tem um time favorito na Europa?

MS: Todo mundo quer jogar nos grandes clubes, mas é muito difícil e é um longo caminho a ser percorrido. Mas eu gostaria de jogar pelo Chelsea se pudesse escolher.

FS: No momento em que estamos conversando, você está prestes a jogar sua primeira partida de derby contra o Malmö FF. Como é para você jogar em uma partida que significa muito para os fãs?

MS: É um jogo grande e importante para nós e os fãs. Eu já enfrentei o Malmö muitas vezes na base, mas agora é a primeira vez que o primeiro time, então será uma ocasião especial.

FS: Essa conversa é para um público brasileiro e você joga com brasileiro que é o Wanderson, como você vê os jogadores brasileiros e o futebol brasileiro?

MS: Normalmente os jogadores brasileiros são muito hábeis e bons técnicamente. E como você diz, eu jogo com o Wanderson, ele é um jogador de futebol muito inteligente.


Flávio Fernandes

terça-feira, 21 de maio de 2019

Moro: "Em Gana todos ouviram falar do Helsingborgs IF por causa do David Accam"


Em mais uma entrevista do blog Futebol Sueco, dessa vez entrevistamos o ganes Mamudo Moro que fala da oportunidade de jogar na Europa, sua vida na Suécia e seus sonhos no futebol.

Futebol Sueco: Como foi se mudar para a Suécia e quais são as diferenças entre a vida que você teve antes e a que você tem agora?

Mamudo Moro: Como um jovem jogador que cresceu em Gana, o meu sonho era jogar na Europa e também nos melhores clubes da Europa um dia, por isso, quando tive a oportunidade de vir para a Suécia e jogar futebol, fiquei feliz e senti também que o meu trabalho duro. está valendo a pena. Nós ouvimos falar do HIF em Gana por causa do Accam, Então entendi que deveria ir para a Suécia e mostrar meu futebol para o mundo.

FS: Quando o HIF se interessou por você, você imaginou que funcionaria tão bem como agora?

MM: Sim, estou otimista e acredito que o trabalho duro sempre funciona, então quando o HIF estava interessado em mim eu sabia que algo de bom ia acontecer porque eu acredito em mim mesmo e sabia o que posso trazer para a HIF porque minha vida inteira é baseada em trabalhar duro, focado e disciplina e pela graça de Deus e em seu favor no meu está indo bem.

FS: Você tem um compatriota no time que é o Abubakari, isso ajudou você a se adaptar no clube e na cidade?

MM: Abubakari é como um irmão mais velho para mim. Ele me faz sentir mais em casa também, ele tem muita experiência quando se trata de futebol e como viver uma boa vida profissional no futebol e aprendi muito com ele. Isso  faz o HIF realmente ter a sensação de casa para mim e é bom ter um companheiro ganes comigo que é esse meu irmão.

FS: Muitos elogiam sua versatilidade e estilo de jogo. Quem você admira no futebol e quais são seus sonhos para sua carreira?

MM: Eu sou versátil porque não gosto de apenas um jogador no futebol para melhorar o meu jogo, eu tiro um pouco dos melhores jogadores como Ronaldo, Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar, Salah e Mané. O jogo de futebol agora está evoluindo, então você precisa aprender coisas novas o tempo todo e trabalhar duro. Além disso, o HIF é um grande clube, mas eu pretendo me ver em equipes copo Barcelona, Chelsea, Manchester United, Juventus ou Bayern. Meu sonho é ganhar a Copa do Mundo e a Liga dos Campeões um dia.

FS: O HIF teve no passado David Accam também de Gana que alcançou a seleção jogando pelo clube. Isso também é uma das suas ambições?

MM: É sempre um orgulho jogar pelo seu país e é minha ambição receber uma ligação em breve da seleção. Agora estou focado em trabalhar duro dia a dia, fazendo um bom trabalho em campo para ajudar o HIF a alcançar o topo e as coisas vão acontecer naturalmente.

FS: Finalmente, falamos para um público brasileiro. O que vem à sua mente quando você pensa no futebol brasileiro?

MM: Você sabe que o futebol foi inventado pela Inglaterra, mas para mim, acho que o Brasil é pais do futebol, o que me vem à mente é que o Brasil tem bons jogadores e tem produzido muitos jogadores de futebol de primeira categoria para o futebol mundial, os brasileiros são bons no futebol com o estilo "samba futebol".


Flávio Fernandes


quinta-feira, 16 de maio de 2019

Andreas Linde: "Eu sinto que nunca tive a oportunidade real de jogar no Helsingborgs IF"


Na nova entrevista do blog Futebol Sueco, batemos um papo com o goleiro Andreas Linde atualmente jogando no Molde da Noruega e falamos sobre seu passado em Helsingborg, suas passagens com treinadores como Ole Gunnar Solskjaer e Henrik Larsson e até sua vinda para o Brasil para disputar os Jogos Olimpicos pela Suécia em 2016.

 Futebol Sueco:  Jogando pelo Molde, tenho que fazer a pergunta do momento. Como foi jogar sob o comando de Solskjaer e tem seguido seus primeiros passos no Manchester United?

Andreas Linde: Foi uma ótima experiência ser o número 1 de Ole Gunnar. Um cara legal que tem uma boa compreensão de como interagir com seus jogadores individualmente em campo e fora dele. Um grande pensador de futebol! Claro, todo o clube deseja vê-lo bem sucedido. Mesmo que muitos dos jogadores não sejam fãs do Manchester Utd, nós ainda o seguimos e o apoiamos durante sua nova aventura.

FS:  Você foi formado pelo Helsingborgs IF e foi treinado por outra figura famosa que foi Henrik Larsson, mas acabou por deixar perto o clube na mesma temporada em que Pär Hansson também deixou o clube. Como foi esse período e o que te seduziu para assinar o Molde naquele momento?

AL: Como um  jovem goleiro, passei muito tempo a crescer e a desenvolver-me em Helsingborg. Eu senti na época que tinha atingido uma idade em que eu estava pronto para o próximo passo, que era começar a jogar no primeiro time. Havia um plano de longo prazo comigo para ter a chance de jogar no próximo ano. Pär tinha ambições de prosseguir com seu sonho de jogar no exterior com o qual o HIF estava de acordo com essa decisão. Então, de repente, tudo mudou quando Henrik se tornou o treinador. Jesper Jansson e vários outros saíram, assim como o treinador de goleiros Sven Andersson. Lembro-me de ter lido nos jornais uma das primeiras coisas que Henke disse era que ele não venderia Pär, talvez se ele conseguisse 10 milhões de euros, então ele consideraria isso. Então eu decidi que eu teria que ver as minhas opções e o Molde era uma delas. Depois de me encontrar com o clube, tive uma boa impressão e decidi seguir esse caminho. Estou muito feliz com isso.

FS: Como você avalia o seu tempo no HIF e consideraria voltar no futuro?

AL: Como eu disse, eu me diverti muito em Helsingborg. É a cidade em que eu cresci, então para mim foi uma ótima experiência. Eu tive a oportunidade de treinar e jogar com alguns grandes jogadores. Por causa do jeito que foi, eu sinto que nunca tive a oportunidade real de jogar no Helsingborgs IF, então é claro que eu gostaria de fazê-lo se possível no futuro.

FS: Pela a Suécia, você participou como reserva na experiência de um pequeno milagre. Jornada para vencer o Campeonato da Europa de Sub-21 em 2015. Pode descrever como foi jogar nesse time?

AL: Foi uma experiência fantástica. Nós tinhamos uma atitude de nunca desistir que nos qualificou para o torneio. E sabíamos que tínhamos a mentalidade e a qualidade para ir longe. Muitos de nós jogadores já jogavamos juntos a vários anos, então parecia mais um time de clube do que uma seleção. A química do grupo foi provavelmente uma das principais razões pelas quais passamos por todo o caminho e conquistamos o titulo.

FS: Você atuou uma vez seleção sueca principal e, como Robin Olsen atual titular da seleção no passado , você joga ema uma equipe que é uma potência escandinava. Você sonha em voltar para a seleção no futuro? Você tem algum outro sonho no futebol?

AL: Claro, é sempre uma honra incrível representar o seu país. Mas não é onde está o meu foco. Penso que tenho de dar mais um passo e jogar numa liga melhor na Europa, pois aí sim terei uma possibilidade de ser convocado para a seleção. E esse é um dos meus sonhos.

FS: Estamos falando para um público brasileiro que teve a oprtunidade de ver você em ação nos Jogos Olimpicos em 2016. Qual é a sua impressão do Brasil como um país nesse torneio e o que vem à sua mente quando você pensa no futebol brasileiro?

AL: Foi um país lindo que todos sabemos que respira futebol. Para mim, pessoalmente, foi uma ótima experiência dentro e fora do campo. Atmosfera incrível nos estádios e jogando contra jogadores de alto nível. Foi um grande avanço para mim também, na época em que eu estava no banco de reservas no Molde e lutando para ter uma chance. Então, para mim, foi um enorme impulso de confiança para ser o número 1 e sabendo que eu tinha 100% de apoio do técnico. Então eu só tenho coisas positivas a dizer sobre o Brasil!

Flávio Fernandes





sábado, 11 de maio de 2019

Wanderson: " Granqvist me ligou e disse que queria jogar comigo novamente"


O blog do Futebol Sueco tem o prazer de entrevistar o meia-atacante brasileiro Wanderson do Carmo, atualmente no Helsingborgs IF e com uma antiga passagem na Suécia pelo GAIS. Falamos um pouco sobre sua carreira,a vida e a situação no seu clube atual e as diferenças do estilo de vida na Suécia.

Futebol Sueco: Apesar de ter ser sido especulado em outros clubes você escolheu o Helsingborg. Porque desta escolha e está satisfeito no time no momento?

Wanderson: Quando recebi algumas propostas o Granqvist me ligou e disse que queria jogar comigo novamente e por isso escolhi o time. Estou satisfeito no clube, apesar de ainda não ter feito meu primeiro gol em partidas oficiais, sinto que estou melhorando depois de muitos anos fora do futebol sueco e com tranquilidade as coisas vão melhorar.

FS: Você jogou com o Granqvist no Krasnodar na Rússia. Sua relação com ele ajudou não só na escolha mais na sua adaptação no time?

W: Ajudou muito porque já tinhamos uma grande amizade do tempo que em jogamos juntos na Rússia. Estou jogando de uma forma diferente da que jogava antes mas logo as coisas vão se encaixar.

FS: Com passagens na Árabia Saudita, Rússia e Turquia, você retornou depois de muito ao futebol sueco. Como avalia as diferenças entre esses campeonatos não só com os da Suécia mas também com os campeonatos disputados aqui no Brasil?

W: Futebol sueco é um pouco diferente, com muita marcação e disciplina táctica diferente de outros campeonatos que tem mais técnica apesar de que aqui na Suécia também termos jogadores técnicos. No futebol a evolução sempre acontece, desde que sai do Brasil o futebol de lá evoluiu assim como o futebol sueco evolouiu desde minha antiga passagem para essa.

FS: Essa sua segunda passagem pela Suécia após muitos anos atuando pelo GAIS. Com seu retorno ao pais como avalia o estilo de vida sueca comparado com o brasileiro e se já está totalmente adaptado a vida na Suécia e em Helsingborg? 

W: Na Suécia fora o futebol minha adaptção foi muito tranquila. Apesar do custo de vida alta, aqui é lugar maravilhoso para se viver com minha familia num lugar muito mais seguro que no Brasil. Essa é uma das razões pelas quais optei em retornar ao futebol sueco e o fato de Helsingborg não ser uma cidade grande ajudou bastante.

FS: Em 2018 com sua chegada no meio da temporada o Helsinborg conseguiu alcançar o seu objetivo de retornar a Allsvenskan. Hoje em 2019 o time ainda não conseguiu pontuar fora de casa e você ainda não conseguiu fazer o seu sonhado primeiro gol. Quais são seus objetivos individuais e para o time no decorrer da temporada?

W: Fizemos uma boa pré-temporada, estou bem tranquilo e sei que quando fizer o meu primeiro gol as coisas vão melhorar. Podem sair algumas criticas mas venho fazendo meu trabalho e pensando em ajudar o time na melhorar maneira possivel com objetivo que é de permanecer na Allsvenskan nesta temporada. Estou atuando de uma forma diferente da qual vinha atuando na minha carreira mais sei que quando sair o primeiro gol , muitos outros vão vir.

FS: Como seu contrato é de longo prazo, tem planos de encerrar a carreira na Suécia ou talvez na Europa? Ou ainda pensa em voltar para o Brasil?

W: Sempre penso no hoje e terminar a temporada bem e fazer um bom trabalho deixando o Helsingborg na Allsvenskan que é seu lugar. Tenho mais um ano de contrato mais podemos sentar e conversar no final da temporada, eu não sei o que vai acontecer no futuro posso voltar ao Brasil após estar muitos anos fora longe da familia e amigos mas não penso nisso agora e somente no presente.

Flávio Fernandes

domingo, 5 de maio de 2019

A curiosa ligação dos capitães da Suécia


Qual a chance dos capitões da seleções masculina e femina da Suécia terem a mesma idade, serem da mesma cidade, tenham estudado na mesma escola e na mesma classe? Minimas muitos diriam mais o imrpovável aconteceu com Caroline Seger e Andreas Granqvist.

Ambos de Helsingborg no sul da Suécia estudaram juntos no colegial de Filbornaskolan e 23 anos depois os dois se tornaram capitões da seleção do pais no esporte mais popular nacional. A história apesar de curiosa ganha contornos ainda mais similares com as decisões dos jogadores de retornarem a Suécia após anos atuando no exterior.

Andreas Granqvist simbolo da atual seleção sueca retornou para o time da cidade o Helsingborgs IF após 13 anos de aventura em diversos clubes do exterior. Seger não teve a mesma sorte já que a cidade não possue um time de futebol feminino nas primeiras divisões ela retornou para o Rosengard time da cidade vizinha, Malmö.

Os dois levaram capetaneando a Suécia a grandes aventuras como a madalha de prata nas Olimpiadas do Rio no Maracanã da Suécia feminina com uma vitória histórica contra o Brasil num estádio lotado e já no masculino uma campanha espetacular na Copa do Mundo em que chegaram até as quartas-de-final com uma histórica vitória num playoff contra a poderosa Itália.

O ciclo dos dois na seleção está perto do fim com a Copa do Mundo feminina e UEFA Euro masculina se aproximando mas não deixa de ser curioso o a situação de ambos orgulho nacional e de sua cidade.

Flávio Fernandes