quinta-feira, 16 de maio de 2019

Andreas Linde: "Eu sinto que nunca tive a oportunidade real de jogar no Helsingborgs IF"


Na nova entrevista do blog Futebol Sueco, batemos um papo com o goleiro Andreas Linde atualmente jogando no Molde da Noruega e falamos sobre seu passado em Helsingborg, suas passagens com treinadores como Ole Gunnar Solskjaer e Henrik Larsson e até sua vinda para o Brasil para disputar os Jogos Olimpicos pela Suécia em 2016.

 Futebol Sueco:  Jogando pelo Molde, tenho que fazer a pergunta do momento. Como foi jogar sob o comando de Solskjaer e tem seguido seus primeiros passos no Manchester United?

Andreas Linde: Foi uma ótima experiência ser o número 1 de Ole Gunnar. Um cara legal que tem uma boa compreensão de como interagir com seus jogadores individualmente em campo e fora dele. Um grande pensador de futebol! Claro, todo o clube deseja vê-lo bem sucedido. Mesmo que muitos dos jogadores não sejam fãs do Manchester Utd, nós ainda o seguimos e o apoiamos durante sua nova aventura.

FS:  Você foi formado pelo Helsingborgs IF e foi treinado por outra figura famosa que foi Henrik Larsson, mas acabou por deixar perto o clube na mesma temporada em que Pär Hansson também deixou o clube. Como foi esse período e o que te seduziu para assinar o Molde naquele momento?

AL: Como um  jovem goleiro, passei muito tempo a crescer e a desenvolver-me em Helsingborg. Eu senti na época que tinha atingido uma idade em que eu estava pronto para o próximo passo, que era começar a jogar no primeiro time. Havia um plano de longo prazo comigo para ter a chance de jogar no próximo ano. Pär tinha ambições de prosseguir com seu sonho de jogar no exterior com o qual o HIF estava de acordo com essa decisão. Então, de repente, tudo mudou quando Henrik se tornou o treinador. Jesper Jansson e vários outros saíram, assim como o treinador de goleiros Sven Andersson. Lembro-me de ter lido nos jornais uma das primeiras coisas que Henke disse era que ele não venderia Pär, talvez se ele conseguisse 10 milhões de euros, então ele consideraria isso. Então eu decidi que eu teria que ver as minhas opções e o Molde era uma delas. Depois de me encontrar com o clube, tive uma boa impressão e decidi seguir esse caminho. Estou muito feliz com isso.

FS: Como você avalia o seu tempo no HIF e consideraria voltar no futuro?

AL: Como eu disse, eu me diverti muito em Helsingborg. É a cidade em que eu cresci, então para mim foi uma ótima experiência. Eu tive a oportunidade de treinar e jogar com alguns grandes jogadores. Por causa do jeito que foi, eu sinto que nunca tive a oportunidade real de jogar no Helsingborgs IF, então é claro que eu gostaria de fazê-lo se possível no futuro.

FS: Pela a Suécia, você participou como reserva na experiência de um pequeno milagre. Jornada para vencer o Campeonato da Europa de Sub-21 em 2015. Pode descrever como foi jogar nesse time?

AL: Foi uma experiência fantástica. Nós tinhamos uma atitude de nunca desistir que nos qualificou para o torneio. E sabíamos que tínhamos a mentalidade e a qualidade para ir longe. Muitos de nós jogadores já jogavamos juntos a vários anos, então parecia mais um time de clube do que uma seleção. A química do grupo foi provavelmente uma das principais razões pelas quais passamos por todo o caminho e conquistamos o titulo.

FS: Você atuou uma vez seleção sueca principal e, como Robin Olsen atual titular da seleção no passado , você joga ema uma equipe que é uma potência escandinava. Você sonha em voltar para a seleção no futuro? Você tem algum outro sonho no futebol?

AL: Claro, é sempre uma honra incrível representar o seu país. Mas não é onde está o meu foco. Penso que tenho de dar mais um passo e jogar numa liga melhor na Europa, pois aí sim terei uma possibilidade de ser convocado para a seleção. E esse é um dos meus sonhos.

FS: Estamos falando para um público brasileiro que teve a oprtunidade de ver você em ação nos Jogos Olimpicos em 2016. Qual é a sua impressão do Brasil como um país nesse torneio e o que vem à sua mente quando você pensa no futebol brasileiro?

AL: Foi um país lindo que todos sabemos que respira futebol. Para mim, pessoalmente, foi uma ótima experiência dentro e fora do campo. Atmosfera incrível nos estádios e jogando contra jogadores de alto nível. Foi um grande avanço para mim também, na época em que eu estava no banco de reservas no Molde e lutando para ter uma chance. Então, para mim, foi um enorme impulso de confiança para ser o número 1 e sabendo que eu tinha 100% de apoio do técnico. Então eu só tenho coisas positivas a dizer sobre o Brasil!

Flávio Fernandes





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